E se você pudesse saber como será o futuro do mercado odontológico? Já imaginou o quanto isso poderia te preparar para lidar com os possíveis desafios da odontologia digital? Apesar de ainda ser um cenário em construção, existem algumas formas de se preparar para ele. Uma delas é analisar o mercado e entender como a qualidade do seu trabalho atual pode impactar no futuro.
E quando falamos de qualidade, estamos englobando tudo o que possibilita um trabalho de excelência: suas técnicas como profissional, os equipamentos e materiais que utiliza e, claro, suas ferramentas de trabalho.
Consegue entender como esses aspectos se interligam? É simples: trabalhos de alta qualidade contribuem para o crescimento da demanda e, consequentemente, para a transformação do mercado como um todo. E sim, o seu trabalho faz parte dessa transformação!
Analisando esses pontos, você se considera um profissional preparado para o futuro do mercado odontológico? Ao longo deste texto, você saberá como responder a essa pergunta. Acompanhe e faça uma análise criteriosa da sua atuação! 😉
O futuro do mercado odontológico no Brasil
Quando pensamos sobre como a odontologia digital está mudando a forma de atuação no mercado odontológico, sua dinâmica com os pacientes e suas possibilidades de criação, o pensamento comum é sobre equipamentos e ferramentas que possibilitam essa dinâmica.
Porém, há muito no comportamento humano e no desenvolvimento das profissões relacionadas que influenciam esse cenário. A Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) fez uma previsão que diz muito: até 2030, o Brasil provavelmente contará com mais de meio milhão de dentistas. E o que esse fato tem a nos dizer?
Teremos cada vez mais profissionais no mercado da odontologia, o que pode significar aumento na oferta e, consequentemente, maior necessidade de se fazer interessante aos responsáveis pela demanda.
Mas vamos analisar o cenário atual: de acordo com a Universidade de Fortaleza, o mercado de trabalho em odontologia segue em alta no Brasil, atualizando-se com novas tendências. Nesse universo, o papel dos técnicos em prótese dentária tem ganhado um reconhecimento significativo. Hoje, o país conta com cerca de 23 mil desses profissionais registrados pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), e aproximadamente 2.700 laboratórios de prótese.
Unindo a análise atual às previsões futuras, concluímos que, sem dúvidas, ter um diferencial será decisivo para se manter em um mercado competitivo. E nesse ponto, a tecnologia digital e as novas possibilidades do fluxo digital entre clínicas odontológicas e laboratórios de prótese serão grandes aliadas dos profissionais e empreendedores do setor. Afinal, o foco será alcançar maior produtividade, qualidade e valor ao trabalho dos protéticos dentários.
As possibilidades no fluxo digital
Nas práticas modernas da odontologia atual, antes de mais nada, devemos levar em conta os benefícios proporcionados ao paciente, que é a motivação maior deste trabalho humanizado, para quem toda essa tecnologia está disponível.
É evidente a satisfação do paciente que dispõe de menos tempo na cadeira do dentista, e tem a previsão de sua reabilitação oral em planejamento digital previamente aprovado por ele. Soma-se a isso o conforto do escaneamento intraoral, em comparação às moldagens do processo analógico, e as informações mais detalhadas e apresentáveis ao paciente, que o arquivo digital pode propiciar.
Na integração entre clínica e laboratório, então, os benefícios são enormes. A comunicação é mais fácil, ágil, possibilita previsão, repetição, em uma integração mais fluida. Essa dinâmica se dá através de equipamentos como o scanner intraoral (processo in house) e de bancada (in lab), o sistema CAD/CAM e a fresadora ou impressora 3D.
É claro que para tudo isso acontecer os profissionais envolvidos nesse processo precisam estar preparados. Pois, para que a tecnologia digital forneça dados suficientes a valer seu investimento e sua capacidade de processamento, é necessário que os operadores e criadores estejam aptos a interagir com cada equipamento e ferramenta que compõem este fluxo.
E neste processo de digitalização na odontologia há diversos profissionais envolvidos, como cirurgiões-dentistas, técnicos de saúde bucal, técnicos em prótese dentária, auxiliares de prótese dentária, inclusive os administradores e gestores que farão a escolha pelo investimento. Seja em qual atividade destas você trabalhe, saiba que o seu conhecimento sobre a utilização dessas tecnologias pode ditar o seu posicionamento em um cenário futuro.
Isso porque a escolha de equipamentos e ferramentas de trabalho neste fluxo só pode ser feita após uma análise criteriosa sobre a rotina de trabalho, as possibilidades de criação e rentabilidade, no que diz respeito ao aporte tecnológico e humano. Então, observe como adequar a realidade do seu laboratório de prótese, ou da sua atividade, e invista em atualização.
O processo CAD/CAM: desenho, impressão ou fresagem
Após o recebimento do arquivo digital nos laboratórios de prótese, o profissional responsável pelo desenho e planejamento da peça protética no CAD entra em ação. Essa peça segue depois para a fresagem ou impressão, através dos comandos do software CAM para cada caso.
Na fresagem, existem diversos pontos que influenciam no resultado do trabalho. A escolha dos equipamentos, materiais e das ferramentas faz toda a diferença para obter um acabamento refinado e fiel ao que foi planejado pelo técnico e pelo cirurgião-dentista. Além disso, ainda há o que vale ou não a pena ser confeccionado com essa tecnologia. Pois esse é um método versátil e altamente produtivo, mas com um investimento inicial maior em relação à impressora 3D.
Muitos técnicos em prótese dentária optam por não trabalhar com a fresagem pelo alto custo das fresadoras e de seus materiais. Entretanto, a opção pela terceirização deste serviço tem apresentado um excelente custo-benefício para os laboratórios de prótese. Afinal, estamos cada vez mais próximos de processos totalmente digitais e encontrar alternativas para adequar-se a esse cenário tem sido imprescindível.
Assim como na fresagem, na impressão 3D, depois de ajustes realizados através do software CAM, o arquivo desenhado no CAD é exportado para a impressora e, então, é concluída a produção. Apesar de se apresentar uma boa alternativa com um valor de investimento mais baixo, há limitações no tipo de trabalho a ser produzido e a qualidade final não pode ser comparada às peças fresadas.
Nessa dinâmica, também existem empresas que terceirizam a etapa de impressão, uma opção que pode ser facilitadora em questão de custo-benefício.
Por isso, é preciso escolher criteriosamente seu portfólio, planejar sua equipe de trabalho inserida nesta nova realidade, pesquisar os insumos necessários, as formas de produção e suas possibilidades de adequação às novas tecnologias. Porque essa transformação não está no futuro, mas no agora.
Em outro texto traremos esse processo detalhado, em todas as suas etapas, mas já podemos ter noção de como será o futuro da odontologia digital analisando os processos utilizados nos dias de hoje. Nesse contexto, você sente que seu laboratório de prótese, ou seu conhecimento profissional, te levará ao próximo nível em um futuro próximo? Pense nisso.
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