Não é novidade que o sistema CAD/CAM possibilitou uma grande inovação em laboratórios de prótese dentária. Surgindo como uma alternativa muito produtiva, esse conjunto hoje permite que a fabricação de peças protéticas seja mais rápida, previsível e replicável. Mas o que é possível produzir com o sistema CAD/CAM? Vamos ver neste artigo!
Seja utilizando impressora 3D ou fresadora, as possibilidades do CAD/CAM são diversas. Aqui, veremos o que um técnico em prótese dentária pode produzir com esse sistema, dando ênfase em 3 trabalhos específicos. Entenda como aproveitar ao máximo o desempenho desse conjunto e o que realmente pode ser vantajoso produzir.
Vamos lá? Acompanhe abaixo!
O que é possível produzir com o sistema CAD/CAM?
O sistema CAD/CAM é a junção de duas tecnologias: o software de desenho CAD e o software e equipamento de manufatura CAM. No CAD, o profissional conhecido por cadista realiza todo o planejamento do tratamento reabilitador. Existem diversos softwares disponíveis no mercado para essa etapa, e cada um oferece ferramentas diferentes, mas no geral, é possível fazer tudo no sistema CAD/CAM.
É claro que, nesse sentido, o software escolhido e o conhecimento do técnico em prótese dentária pode ter grande influência na atuação. Afinal, assim como no método tradicional, é preciso ter habilidades específicas para confeccionar a prótese dentária. Conheça 3 softwares de CAD utilizados na odontologia digital clicando aqui.
Então, o sistema CAD/CAM é capaz de produzir tudo no universo da prótese dentária: coroas totais, copings, pontes fixas, Inlays, facetas dentárias, implantes, modelos de trabalho, placas miorrelaxantes, PPR e até próteses totais. Essa última ainda está em desenvolvimento, e mostramos quais são as previsões para o futuro neste artigo.
Todas essas opções podem ser manufaturadas com diferentes materiais e personalizações – principalmente quando fresadas. Afinal, em impressoras 3D são utilizadas apenas resinas fotopolimerizáveis, enquanto em fresadoras é possível ter um leque de opções de materiais.
Então, sabemos que é possível fazer tudo, mas nem tudo é vantajoso para todos os laboratórios de prótese. Abaixo, mostramos 3 dessas possibilidades!
Conheça 3 trabalhos que estão sendo realizados por laboratórios digitais no sistema CAD/CAM
1. Espelhamento de central unitário
No método tradicional, replicar um central unitário é um trabalho desafiador. Para fazer essa peça de forma manual, nem sempre ter as referências exatas é suficiente. Muitas vezes, ainda é preciso fazer reajustes para alcançar o resultado desejado. Esse é outro trabalho que foi muito facilitado com o sistema CAD/CAM.
O processo inicia-se a partir do escaneamento intraoral ou com scanner de bancada. A partir das referências oferecidas por esse arquivo digital, é possível espelhar o dente central que já está presente no escaneamento, como um comando de copiar e colar. Ou seja, o processo torna-se muito mais rápido e preciso, já que segue os parâmetros exatos do dente.
Então, com esses comandos facilitados, o TPD pode utilizar esse formato como referência e depois realizar ajustes adicionais apenas para garantir a maior precisão possível do elemento que está sendo produzido.
2. Placas miorrelaxantes
O sistema CAD/CAM oferece amplas possibilidades para o trabalho com placas miorrelaxantes. No software do CAD, por exemplo, é possível utilizar articuladores digitais que captam movimentações similares às de uma boca, um diferencial importante para quem trabalha com o fluxo digital e não tem contato direto com o paciente.
No software, é possível compreender ângulos, oclusão, distância, alinhamento e espaços dos dentes do paciente e entender como a placa deve ser confeccionada. Essa possibilidade é muito vantajosa tanto para o TPD quanto para quem está recebendo o tratamento, afinal, ter essa previsibilidade evita retrabalhos e reajustes após a produção da peça final.
Ainda em relação às placas miorrelaxantes no fluxo digital, quem atua com essas peças no laboratório sabe a importância de garantir uma oclusão balanceada para o tratamento reabilitador. Esse é um outro ponto que foi facilitado com o sistema CAD/CAM, pois há uma grande facilidade de realizar o ajuste oclusal no software de CAD.
3. Prótese sobre implante
No software de CAD, é possível acrescentar elementos específicos para a criação de uma prótese sobre implante. Geralmente, o próprio software disponibiliza esses acessórios em sua biblioteca, o que facilita a atuação do cadista. Assim, conforme a necessidade do tratamento, o profissional pode criar barras metálicas, elementos provisórios ou permanentes para planejar a reabilitação oral.
Importante lembrar que o fluxo digital permite uma grande precisão na fabricação dessa prótese, mas para que isso seja possível, a etapa de escaneamento precisa de atenção redobrada.
As próteses sobre implante têm ganhado popularização nos últimos anos pelo conforto e segurança que proporcionam aos pacientes. Sendo assim, um laboratório de prótese que se dedica a trabalhar com essas próteses no fluxo digital pode ter resultados muito vantajosos. E não só pela agilidade na produção das peças, mas também pela precisão obtida nos resultados.
E o que é vantajoso produzir?
Com essa vasta possibilidade, saber diferenciar o que realmente é vantajoso pode ser um desafio. A escolha deve ser feita pelo TPD com uma análise de seus objetivos no laboratório. Alguns ainda preferem fazer certos elementos de forma analógica, o que pode ser uma boa opção dependendo do fluxo de trabalho e do custo disponível de investimento.
Por isso, é uma questão de compreender o que realmente vale a pena. Importante lembrar que essa análise deve considerar que o fluxo digital possibilita mais previsibilidade, agilidade e possibilidade de repetição na produção, pontos que fazem toda a diferença para o laboratório de prótese.
Não é preciso ter todo o sistema CAD/CAM para estar no fluxo digital
Lembrete importante: trabalhar com o sistema CAD/CAM não significa ter o sistema CAD/CAM. Ou seja, você pode personalizar o seu fluxo de trabalho de acordo com o que faz sentido para o seu laboratório de prótese. Muitos TPDs têm apenas o CAD no laboratório e terceirizam o CAM, aproveitando o fluxo digital da forma que melhor se encaixa com o próprio laboratório.
E você, o que costuma produzir com o sistema CAD/CAM? Tem recebido bons resultados?
Caso queira saber mais sobre o fluxo digital na odontologia, te convidamos a ler os conteúdos do nosso blog. É só clicar aqui e aproveitar! 😉
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