Qual é o seu protocolo para trabalho estético? Definir esse procedimento é o primeiro passo para obter trabalhos estéticos impecáveis e mostrar ao seu cliente que você preza pela comunicação em seu laboratório de prótese dentária. E como sabemos, a comunicação é decisiva para o sucesso de um tratamento reabilitador. Então, vamos ver como investir nela?
Neste artigo, vamos apresentar o protocolo padrão de laboratórios de prótese dentária no momento de receber um trabalho estético. Com essas etapas, você vai entender a importância de ter tudo bem definido e, principalmente, como aplicar essa rotina no seu dia a dia e garantir que suas relações clínica-laboratoriais sejam assertivas. Acompanhe abaixo! 😉
Protocolo fotográfico para trabalho estético
Em uma reabilitação oral completa, o objetivo é sincronizar a funcionalidade à estética. Entretanto, em qualquer tratamento odontológico, fazer o planejamento de ambas as características não depende apenas da análise dos dentes. É preciso considerar todo o conjunto: dentes, lábios, gengivas e face.
Juntas, essas propriedades devem proporcionar harmonia estética e entregar a funcionalidade necessária para cada caso. Em um protocolo para trabalho estético, a fotografia é indispensável. Seja básica ou profissional, a foto auxilia no planejamento e conceito estético do tratamento reabilitador. Elas devem ser feitas da seguinte forma:
- Foto do rosto: capturar diferentes ângulos, com e sem sorriso. Considerar também as laterais do rosto.
- Fotos intraorais: capturar a frente de modo que seja possível visualizar toda a arcada, com e sem as escalas de cores. Nas fotos intraorais, também é importante capturar as laterais do rosto.
Essas fotografias são o ponto de partida para analisar o sorriso e identificar o que é necessário fazer, quais as possibilidades e limitações em cada caso. A partir delas, o cirurgião-dentista poderá traçar linhas de referência em um planejamento digital que vão guiar o desenvolvimento do tratamento. Caso o técnico em prótese dentária não receba esse planejamento, ele será feito no próprio laboratório de prótese.
Checklist estético
O checklist estético é um processo que facilita significativamente a comunicação no planejamento do sorriso. Ele pode ser definido a partir das fotografias odontológicas, e deve conter todas as informações úteis para a estética do elemento dentário a ser produzido. Entre essas informações, devem estar propriedades como a forma básica dos dentes, o nível gengival, inclinação da linha mediana e eixo dos dentes e lábios, morfologia, cor, brilho, etc.
E, apesar de serem consideradas informações para o desenvolvimento estético, algumas dessas propriedades também são primordiais para compreender a funcionalidade que a prótese dentária precisa entregar. Para realizar essa análise, o cirurgião-dentista deve obter, com as fotografias, referências horizontais e verticais, além de orientações sagitais e fonéticas.
Importante lembrar que, mesmo quando a estética não é a principal preocupação do paciente com a reabilitação oral, ela ainda deve ser bem planejada. Afinal, a aparência do sorriso é um ponto decisivo para a adaptação do paciente com a prótese dentária. Então, nessa etapa, a comunicação clínica-laboratorial deve ser clara e bem definida.
As próximas etapas no fluxo digital
No fluxo digital, tudo é feito com o auxílio de softwares. Nesse método, o protético pode receber o arquivo de escaneamento realizado pelo cirurgião-dentista com um scanner intraoral. Entretanto, caso a clínica odontológica não tenha esse tipo de equipamento, a moldagem pode ser feita de forma analógica e será escaneada por um scanner de bancada no laboratório de prótese.
Com as informações do arquivo digital, seja ele enviado pela clínica ou obtido pelo laboratório, o próximo passo é o planejamento digital pelo software de CAD. Diferentemente do método tradicional, onde o TPD precisa fazer um enceramento diagnóstico manualmente e depois enviar à clínica odontológica, o cirurgião-dentista e o paciente conseguem acompanhar todo o processo, caso seja necessário.
Em nosso blog, temos um artigo completo explicando o passo a passo da fabricação de próteses dentárias no fluxo digital. Clique aqui para ler!
Importante lembrar que, atualmente, existem diversos softwares e tecnologias que auxiliam na análise e definição de referências, facilitando o trabalho e garantindo mais precisão nos resultados estéticos. Uma dessas técnicas é o Digital Smile Design (DSD), clique aqui para ler mais sobre essa tecnologia e como ela funciona.
As vantagens do planejamento estético no fluxo digital
Sabemos que, sem dúvidas, uma das principais diferenças entre o planejamento digital e analógico é a produtividade. Enquanto o método tradicional pode levar muito tempo para ser desenvolvido, o digital garante um planejamento estético preciso, de forma muito mais rápida e possibilitando a participação do paciente em todas as etapas.
Além disso, no digital, a transferência de arquivos facilita o acesso rápido do cirurgião-dentista, podendo ser feita até mesmo pelo celular. Diante das informações recebidas, o profissional pode avaliar o trabalho feito pelo TPD e indicar de prontidão os ajustes estéticos necessários, agilizando todo o processo. Por isso, é possível dizer que o fluxo digital é um grande aliado da comunicação clínica-laboratorial.
Mas seja qual for o método de confecção, digital ou analógico, tudo é desenvolvido com as informações recebidas no início do contato da clínica com o laboratório. Portanto, não dá para negar a importância de ter um protocolo para trabalho estético bem definido. E é importante reforçar que essa comunicação facilitada não é uma vantagem apenas para o CD e o TPD, mas também para o paciente, que terá a oportunidade de ter um tratamento reabilitador estético que atinja suas expectativas.
E então, qual é o protocolo para trabalho estético do seu laboratório de prótese dentária?
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